Slow Fish Week 2015

Texto: Coentro Comunica
Publicado por: Carol Sá

Slow Fish Week acontece entre os dias 25 de abril e 9 de maio

Promovido pelo Slow Food, festival reúne seis restaurantes de São Paulo e litoral que oferecem receitas exclusivas de peixes pescados de forma não-predatória, respeitando seus ciclos naturais.

Uma das campanhas mais importantes do movimento Slow Food em todo mundo, o Slow Fish incentiva o consumo dos peixes “bons”, isto é, espécies que não correm risco de extinção, cuja pesca é feita de forma não-predatória, respeitando o ciclo natural dos pescados. Para trazer luz a essa causa e ajudar na conscientização, entre os dias 25 de abril e 9 de maio acontece a Slow Fish Week, na qual seis restaurantes incluem em seus cardápios receitas criadas exclusivamente para o evento, utilizando peixes que estão de acordo com os critérios de consumo responsável urbano, disponíveis nos mercados e peixarias da cidade. Serão reveladas, assim, espécies desconhecidas e muitas vezes desvalorizadas, como os peixes da “mistura”, que são as diversas espécies que chegam juntas nas redes de pesca de arrasto e que normalmente são descartadas. Participam do festival os restaurantes Varanda, Amadeus, Suri Ceviche Bar e Café Aprendiz, em São Paulo, Taioba Gastronomia, em Camburi, e Guaiaó, em Santos.

Na noite do dia 25, no Café Aprendiz, o festival terá início com o jantar Como Como Territórios, o primeiro de uma série realizado pela Escola Como Como de Ecogastronomia, um dos principais núcleos de ação do Slow Food em São Paulo, que pretende explorar, a cada edição, diferentes biomas, territórios e cidades. 

No restaurante Amadeus, a chef Bella Mazano prepara, em panela de barro, o Peixe do dia ensopado com lulas e mariscos (R$ 79), que pode ser abrotea ou prejereba. Já o chef Dagoberto Torres, do Suri, oferece o Tiradito de peixe espada com salsa de chile verde e cebolinhas assadas (R$ 26). No Varanda, o chef Fábio Lazzarini serve, pelo valor de R$ 75, um pequeno cardápio que inclui como entrada uma Escabeche, peixe curtido com vinagre e cebola, e o Peixe do dia acompanhado de risoto de moqueca capixaba. As espécies podem variar entre sororoca e corvina marisqueira. No Café Aprendiz, o menu da chef Val Gonçalvez muda a cada dia da semana,  apresentando sempre receitas variadas como o Quibe de peixe com nozes e coalhada seca (R$ 28,90), servido às quartas, e o Escondidinho de peixe (R$27,90), às sextas. Entre os peixes que podem ser encontrados lá estão a prejereba, peixe-espada e a corvina marisqueira. Restaurantes do litoral paulista também irão participar do festival. Em Santos, o chef André Ahn prepara, em seu restaurante Guaiaó, um prato para integrar o menu-degustação de cinco etapas (R$ 149) durante o período do festival: o Peixe perna-de-moça ao molho de maçã verde e erva doce, feijão manteiguinha com aroma de cogumelos e cenoura confitada na manteiga de garrafa. Em Camburi, no Taioba Gastronomia, o chef Eudes Assis oferece o típico PF caiçara (R$ 28), carapau empanado na farinha de fubá, arroz de taioba, pirão e banana assada. Em todas as casas participantes, os peixes do dia podem variar de acordo com o que há de mais fresco disponível.

Sobre o Slow Fish Brasil

Em 2011, membros do Slow Food Brasil formaram um grupo de trabalho para se aprofundar e conduzir em território brasileiro uma das mais importantes campanhas do Slow Food em todo Mundo: O Slow Fish. O movimento se dedica a apoiar as comunidades de pesca e aquicultura sustentáveis, facilitando o caminho para que cada cidadão participe da restauração do equilíbrio dos sistemas aquáticos através do consumo consciente e responsável de pescados. A Campanha se dedica a observar estoques, relacionar a forma de captura e cultivo que sejam sustentáveis e divulgar listas positivas de espécies para o consumo local. Assim, é salvaguardada a sabedoria de comunidades de pescadores, que muitas vezes ainda conservam suas práticas de pesca ancestrais, a culinária tradicional e as espécies que precisam de ajuda do consumidor para continuarem existindo.

 

 

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