Foto: Maurício Mercadante
A pera-do-cerrado (Eugenia klotzchiana), também conhecida pelos nomes populares pera-do-campo, perinha-do-campo, cabacinha-do-campo, cabamixá-açú é essencial em projetos de recuperação do Cerrado, sendo uma planta da família mirtácea. Com baixa ocorrência natural, é pouco conhecida, sendo raramente cultivada em pomares domésticos.
Cresce em forma de touceiras, variando de 60 cm a 2,5 m de altura, com caules eretos e pouco ramificados. Os caules principais medem de 2 a 4 cm de diâmetro na base a 10 cm do solo, apresentam casca fissurada, de cor castanho escura. Suas folhas têm pelos longos quando jovens, com textura similar ao couro e pode atingir até 13 cm de comprimento e 6,2 cm de largura. A beleza da pera-do-Cerrado é potencializada com as flores brancas, que surgem em formato de guarda-chuva, perfumadas, formadas entre outubro e novembro.
Os frutos, de coloração verde-amarelada, maturam entre dezembro e janeiro. O sabor ácido e o tamanho (atingindo cerca de 10cm de comprimento), justifica o nome indígena cabamixá-açú, em que “açú” significa “grande” em tupi-guarani, enquanto “cabamixá” se refere ao seu sabor acidulado: significa “erva que dá fruto que aperta a língua”.
Os frutos são consumidos in natura preferencialmente na forma de sucos com leite ou usados para fazer sorvetes, bolos e geleias e doces em compota.
Referência: Lorenzi, H. et al., 2006. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas (de consumo in natura).