O nome do fruto cambucá (Plinia edulis) – chamado tambén cambucaba, cambricó e cambicá – vem do tupi e significa “fruto de mamar”, sugerindo a forma ideal de consumir a fruta. Nativa da Mata Atlântica brasileira, é da família das Myrtaceaes, como a pitanga e a jabuticaba e ocorre, sobretudo, nas várzeas aluviais e encostas úmidas.
Até a metade do século XX, o cambucá era encontrado em uma grande faixa que ia do Espírito Santo ao sul do Paraná. Cambucazeiros faziam parte da paisagem da região costeira e Serrana do Rio de Janeiro, da região de Ubatuba e das florestas nativas capixabas, mas hoje é considerado uma raridade e quase desconhecido. A árvore pode atingir até 8 metros de altura, com flores brancas e frutos amarelo-dourado, de 4 a 7 cm, que brotam diretamente do caule da planta, muito procurados por pássaros e abelhas.
Cambucá em corte. Foto:
O cambucazeiro é uma planta rara mesmo em seu habitat natural. Seu crescimento é lento e uma árvore pode demorar até 12 anos para começar a produzir. O risco de desaparecimento é agravado devido a rápida redução das áreas nativas de Mata Atlântica.
Sua polpa suculenta e de sabor ácido, que pode lembrar o mamão e a manga, é bastante perecível, consumida geralmente ao natural ou transformada em polpas e geleias. A polpa pode ser retirada com uma colher e utilizada em sucos e outras preparações. Uma delas sugere misturar um pouco de açúcar na polpa em um copo e deixar por algumas horas na geladeira. Um caldo saboroso e nutritivo se forma, com aspecto de compota.
Indicação: Margarida Maria Nogueira Pinheiro de Andrade, Marcelo Wilton da Silva Garcia e Edivaldo Vieira da Silva
Pesquisa e texto: Marcelo Aragão de Podestà e Ligia Meneguello
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