O Brasil se situa atualmente como o segundo maior produtor de transgênicos do mundo e é o país que proporcionalmente mais cresceu em plantios de OGMs (organismos geneticamente modificados).
Sob quaisquer aspectos que se analise a produção e consumo de OGMs na alimentação, diversos questionamentos e problemas são levantados.
O Slow Food é contra o plantio comercial de plantas geneticamente modificadas e defende uma alimentação humana e animal livre de OGMs.
Com os OGMs nos arriscamos a transformar nosso alimento em comodities patenteadas controladas por poucas multinacionais e tirar direitos de agricultores e consumidores.
Os OGMs são duvidosos sob o ponto de vista científico, ineficiente em termos econômicos e ambientalmente insustentável. Pouco se sabe sobre aspectos da saúde e do ponto de vista técnico são obsoletos. Eles causam severos impactos sociais, ameaçam culturas alimentares tradicionais e o sustento de pequenos produtores.
Em muitos países a rotulagem de alimentos contendo OGMs não é obrigatória e as pessoas não têm certeza se estão evitando estes alimentos. Nós apoiamos a rotulagem compulsória de todo produto contendo ingredientes geneticamente modificados, incluindo carne e laticínios de animais que foram alimentados com ração GM, dando ao consumidor a livre escolha sobre o que comem.
No Brasil qualquer produto alimentício com mais de 1% de transgênico em seus ingredientes deve ter o rótulo de um ‘T’ dentro de um triângulo amarelo. Apesar da legislação, muitos produtos ainda omitem essa informação, tirando das pessoas o direito de saber o que consomem.
O Slow Food lançou uma campanha global contra os OGMs, com ações civis acontecendo por toda a rede mundial. Em 2013 integramos juntamente com o Friend os the Earth na campanha ‘Stop the Crop’ (Parem o plantio, em livre tradução) em resposta à consideração da Comissão Européia de introduzir de novos plantios GM.
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