Casa de farinha em Pernambuco (Foto: Anna Paula Diniz/DoDesign-s)

Mostra de fotografia das Casas de Farinha Tradicionais de Pernambuco

Casa de farinha em Pernambuco (Foto: Anna Paula Diniz/DoDesign-s)

No dia 10 novembro de 2011, às 13h, dentro da programação do XIII Congresso Nordestino de Ecologia – Sustentabilidade de Empreendimentos Ambientais, no Recife (PE, Brasil) acontecerá a mostra de fotografia das Casas de Farinha Tradicionais de Pernambuco e lançamento da publicação sobre o projeto Corredor da Farinha

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Sobre a mostra

A visita a 3 casas de farinha em um dia chuvoso na zona da mata de Pernambuco gerou imagens com luz tão linda quanto de estúdio. A pouca luz dos locais retratados obrigou o uso de baixas velocidades que criaram ambientes quase misteriosos e muito intimistas. O resultado do ensaio levou à ideia de uma publicação e logo depois o convite para a realização desta mostra no Recife. (Anna Paula Diniz – fotógrafa e diretora de arte da DoDesign-s)

Sobre o projeto

*texto da Equipe do Projeto Corredor da Farinha

Era uma vez… na zona da mata de Pernambuco, agricultores e agricultoras que preservavam suas tradições e aceitaram o desafio de aprender novas práticas que os deixariam mais fortalecidos sem se desfazerem de suas raízes.

Apesar da mandioca e da farinha serem fonte de renda e alimento essencial na mesa para milhares de pessoas, muitos problemas do processo produtivo não haviam sido resolvidos, como: a manipueira (líquido resultante da prensagem da mandioca para produção da farinha) que era lançada no solo ou despejada diretamente nos rios, as queimadas, o uso intensivo de adubos e agrotóxicos, que agrediam o solo e a água. Além disso, os problemas existentes no cultivo, como a podridão da raiz da mandioca, e a ausência de assistência técnica e extensão rural, deixavam os agricultores desamparados. Por sua vez, os jovens não tinham como projeto de vida trabalhar nas propriedades onde moravam.

Casa de farinha em Pernambuco (Foto: Anna Paula Diniz/DoDesign-s)

Como é possível transformar realidades? O amor que os agricultores tem pela terra e sua sabedoria nata sobre os ciclos da vida ajudaram na implantação de novos hábitos e tecnologias.

Hoje, a manipueira, é armazenada em tanques de contenção, serve como adubo orgânico para as lavouras e alimento para as criações de gado. O pesadelo do agricultor, que plantava a mandioca, temendo a podridão da raiz, vem se desfazendo e sendo controlada.

A diversificação de culturas e as práticas agroecológicas foram adotadas pelos agricultores que, agora, plantam feijão, milho, inhame, hortaliças, fruteiras além da mandioca. Assim, garantem a segurança alimentar, além de preservar o meio ambiente e assegurar uma melhor renda e qualidade de vida para todos.

"Meu sítio é minha empresa" – Dona Maria da Massa, agricultora de Feira Nova

Seguindo esta lógica da agricultora, o Corredor da Farinha vem estimulando o empreendedorismo rural, por meio de capacitações sobre gestão de negócios, planejamento da propriedade, comercialização e boas práticas de produção. Além disso, o projeto vem favorecendo ações de apoio à comercialização dos agricultores. Os produtos já são vendidos em restaurantes, lojas e feiras agroecológicas. A empresa Comadre Fulozinha, que faz entregas de produtos orgânicos na região da Grande Recife, através de uma loja virtual, é uma das parceira do projeto. E tem mais: Chefs de Recife e São Paulo estão visitando as comunidades e se tornando parceiros e divulgadores dos encantos gastronômicos da farinha artesanal e dos produtos da agricultura familiar orgânica.

E o que dizer dos jovens do campo? Mãos calejadas, pele queimada pelo sol. Jovens que estão começando a acreditar que podem e devem cuidar e produzir na terra onde se criaram. Sabe-se que há muito o que se fazer para mudar a realidade do agricultor familiar. O desafio não pode ser feito isoladamente. É preciso trabalhar integradamente. A SNE motivou e incentivou mais de mil pessoas, com as quais trabalhou no decorrer dos quatro anos do Corredor da Farinha. Os agricultores acreditaram na proposta e estão participando ativamente no processo. Pode-se dizer que, para enfrentar a mudança, foi construído um caminho de várias vias, numa relação de respeito, harmonia e confiança.

A equipe da SNE está feliz, porque se nutriu de sonhos e de realizações. Plantou e regou sementes (ideias), esperando obter florestas (projetos de vida). Esta é a nossa missão institucional. É a nossa contribuição para um mundo melhor, mais equilibrado e mais ecológico. É assim que entendemos e trabalhamos a tão vistosa e pronunciada palavra – sustentabilidade.

Casa de farinha em Pernambuco (Foto: Anna Paula Diniz/DoDesign-s)

O Projeto Corredor da Farinha é desenvolvido pela SNE – Sociedade Nordestina de Ecologia


Serviço: Mostra de fotografia das Casas de Farinha Tradicionais de Pernambuco
Data:
10  e 11 de novembro de 2011 durante o XIII Congresso Nordestino de Ecologia – Sustentabilidade de Empreendimentos Ambientais
Horário:
13 às 15 horas
Onde: FAFIRE – Av. Conde da Boa Vista, 921 – Boa Vista – Recife – Pernambuco, Brasil.

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