Feijão Canapu

Arca do Gosto // Leguminosas

Sobre o Feijão Canapu

O feijão canapu (Vigna unguiculata) foi trazido para o Brasil por escravos africanos no século XVI, vindo da África oriental. Tornou-se uma planta comum no nordeste do Brasil, e hoje é citado de forma geral como feijão de corda ou feijão caupi. A área se transformou no centro da biodiversidade do feijão caupi, e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) selecionou 300 variedades. Dentre estas variedades está o feijão canapu, que é cultivado na região semi-árida do sul do Piauí.

Os grãos deste feijão têm forma oval irregular com tamanho aproximado ao de um grão de milho. Como a maioria dos caupis, o feijão canapu tem um “olho”, um ponto escuro, com o restante do grão tendo coloração verde claro, rosa claro ou amarelado. Quando é cozido, o feijão canapu se torna marrom escuro com marcas violetas e é reconhecido por sua maciez, sabor com notas de grama recém cortada, palha e nozes.

Esta leguminosa é cultivada por um processo totalmente manual, da plantação à colheita, e nenhum fertilizante químico ou tratamento é usado. Nos mesmos campos onde o feijão canapu é produzido, os agricultores familiares plantam mandioca, milho, arroz e cajueiros. Durante os quatro primeiros anos de plantio, os cajueiros crescem junto com o feijão canapu e conforme seus troncos crescem e os galhos se espalham, eles aumentam a sombra no campo.

O feijão canapu é consumido verde ou seco, e é ingrediente de uma gama de pratos regionais, como o mungunzá, um prato feito com milho, carne de porco e feijão, que é servido em dias de festa.

Ele é particularmente interessante por causa de suas qualidades organolépticas, seu sistema de produção natural e sustentável, e sua ligação forte com a identidade da cultura local.

 

Nome e Contato do Referente

José Antonio de Sousa Batista (Emater), telefone +55 (89) 3422 4453
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