Arroz Vermelho

Arca do Gosto // Cereais, amidos e farinhas

Sobre o Arroz Vermelho

O arroz vermelho foi introduzido no Brasil pelos portugueses, no século XVI, na então Capitania de Ilhéus, atualmente Estado da Bahia. Ali ele não chegou a prosperar, mas teve grande aceitação no Maranhão nos dois séculos seguintes. Em 1772, por determinação da Coroa de Portugal, que só tinha interesse na produção do arroz branco para suprir a metrópole, os agricultores foram proibidos de plantar o arroz vermelho no Maranhão. Com isso, a produção migrou para a região semiárida, onde ainda é encontrado, principalmente no Estado da Paraíba. Ali, o arroz vermelho constitui um dos principais ingredientes da culinária regional, sendo considerado um alimento especial nas casas das famílias e restaurantes do interior. Além disso, em alguns municípios do Sul do Ceará, o arroz vermelho já foi um importante componente da dieta alimentar das mulheres em trabalho de parto, pois se acredita que o produto possua propriedades que propiciam o aumento da produção de leite materno. Estima-se que a superfície atualmente cultivada com arroz vermelho esteja reduzida a um terço do que já foi no passado, muito embora a demanda por parte dos consumidores não tenha diminuído.

A Paraíba é o Estado que reúne a maior produção de arroz vermelho no Brasil, sendo destaque especial o Vale do Rio Piancó, uma bacia hidrográfica de solos naturalmente muito férteis, cujo isolamento geográfico e a completa inexistência de tecnologias para esse cereal não permitiram até hoje a introdução de qualquer outro arroz. Com uma área anualmente plantada em torno de 5 mil hectares, o Vale do Piancó constitui o verdadeiro refúgio do arroz vermelho no Brasil. O arroz vermelho cultivado no ali pode ser considerado um produto ecologicamente limpo, pois nunca recebeu qualquer tratamento com agrotóxicos. Os sistemas de cultivo praticados até hoje são bastante rudimentares. Plantado predominantemente por pequenos agricultores, como lavoura de subsistência, esse arroz apresenta baixos níveis de produtividade. Além de ser o componente básico da dieta alimentar das populações que habitam grande parte do semiárido nordestino, ultimamente vem se verificando uma demanda crescente por parte de restaurantes localizados em grandes centros consumidores do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

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