Agricultores familiares e ativistas da rede Slow Food participam dos Caminhos do Saber, da Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade, da Praça de Alimentação e do Bar
Uma das grandes referências em agroecologia desde a década de 1970, o Distrito Federal foi o endereço escolhido para sediar três eventos de grande expressividade: o VI Congresso Latino-Americano de Agroecologia, o X Congresso Brasileiro de Agroecologia e o V Seminário de Agroecologia do DF e Entorno — que acontecem simultaneamente entre os dias 12 e 15 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A expectativa de público é de aproximadamente 5.000 pessoas de diversas parte do Brasil e do exterior, com destaque para os países latino-americanos.
O encontro pretende reunir diversas instituições da sociedade civil que têm como foco a produção de alimentos agroecológicos, entre elas mais de 60 representantes da rede Slow Food Brasil. Localmente, o movimento contará com atividades orquestradas pelo Slow Food Cerrado, grupo de ativistas de Brasília que realiza um Percurso Sensorial dos Biomas Brasileiros no dia 13 de setembro (quarta-feira), das 15h às 17h, na tenda Caminho da Alimentação Saudável. A atividade integra a grade dos Caminhos do Saber, em que várias atividades de Educação do Gosto serão realizadas pelo Grupo de Trabalho de Educação do Slow Food Brasil, em um espaço de construção e troca de conhecimento sobre as origens do gosto numa viagem que percorrerá diferentes biomas brasileiros (Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia e Caatinga). A área contará com a participação de outras entidades como FAO, Ipoema, CSA Brasília, WWF e IPHAN.
Agricultores familiares da rede de Comunidades do Alimento e Fortalezas Slow Food ocuparão o espaço da Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade durante os quatro dias, alguns dos quais viabilizaram sua participação pelo apoio do Projeto Alimentos Bons, Limpos e Justos. A programação conta, também, com a participação de representantes das cinco regiões do Brasil e integrantes de 21 Fortalezas, como o butiá e o cambuci da Mata Atlântica; o licuri e o umbu da Caatinga; o guaraná dos Sateré-Mawé da Amazônia e o gergelim Kalunga, do Cerrado. O intuito do espaço é proporcionar oportunidades de contato direto entre agricultores e visitantes, além de promover a divulgação de experiências de produção de alimentos bons, limpos e justos. A feira tem como principal objetivo promover e dar visibilidade às práticas agroecológicas por meio da comercialização de produtos da sociobiodiversidade brasileira, fruto do conhecimento, das técnicas e tradições de diferentes povos de norte a sul do país.
Como resultado da parceria entre a Central do Cerrado e o movimento Slow Food, durante todos os dias do encontro serão servidos pratos com ingredientes proveniente da agricultura familiar e das Comunidades do Alimento Slow Food. Os alimentos serão preparados pelo grupo rural de mulheres Sabor do Cerrado, sob a coordenação da Eliane Regis, da Aliança de Cozinheiros Slow Food, com apoio dos cozinheiros voluntários do movimento. Serão mais de 70 voluntários que pretendem servir aproximadamente 1.500 refeições diárias a agricultores, estudantes, professores e especialistas em agroecologia. Entre os alimentos utilizados para o preparo das refeições estão o Umbu, o Licuri, o Pequi do Xingu, Babaçu e o Cambuci – novas Fortalezas Slow Food, o hortifrúti fornecido pela Comunidade do Alimento de Produtores Agroecológicos do Assentamento Colônia I, e o arroz orgânico do MST de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. O grupo é considerado o maior produtor de arroz orgânico da América Latina e tem em sua formação 22 assentamentos de reforma agrária composto por mais de 600 famílias gaúchas. O hortifrúti será fornecido pela Comunidade do Alimento de Produtores Agroecológicos do Assentamento Colônia I.
A operação do bar será encabeçada por voluntários do movimento Slow Food, coordenados pela sommelier do Grupo de Trabalho Slow Beer, Carolina Oda, e
contará com cervejas artesanais produzidas com ingredientes provenientes de comunidades relacionadas ao movimento Slow Food, como a Fortaleza Slow Food do Umbu (Coopercuc, Uauá, Bahia), e o Coquinho azedo da Cooperativa Grande Sertão, de Montes Claros, Minas Gerais, que integra a rede como a Comunidade do Alimento Produtores de Polpas de Frutas de Montes Claros – Minas Gerais. Entre as variedades oferecidas estão a cerveja Saison Umbu da Coopercuc produzida pela Picada Café e a cerveja e chopp Fruit Beer com coquinho azedo da Cooperativa Grande Sertão produzida pela cervejaria Bruder. “Nossa ideia principal não é divulgar as cervejarias e sim a origem de ingredientes que fazem parte da biodiversidade brasileira” ressalta o vice-presidente da Associação Slow Food do Brasil e representante da Central do Cerrado, Luis Carrazza. Uma parte do valor arrecadado por meio da venda das cervejas será destinado às ações da Associação Slow Food do Brasil.
Quer conhecer as atividades do movimento Slow Food? Entre em nossa página e seja um de nós! Nós ajude a promover o acesso para todos a alimentos bons, limpos e justos! Apoie o Slow Food!
Apoie o Slow Food!SERVIÇO
Slow Food no Congresso Brasileiro e Latino-Americano de Agroecologia
De 12 a 15 de setembro
Centro de Convenções Ulysses Guimarães
(Setor de Divulgação Cultural, 5, Eixo Monumental)
Entrada franca para a Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade
Informações para a imprensa
Sara Campos
GT Comunicação Slow Food Brasil
(61) 99209-5309