O GT Sementes Livres mais uma vez traz a campanha da Festa Junina Livre de Transgênicos (FJLT) para a rede Slow Food. Esta é uma Festa que visa alertar a população para os perigos da produção e consumo de transgênicos (e outros Organismos Geneticamente Modificados) e a necessidade de fortalecer a resistência pelas sementes crioulas. A FJLT é um quebra cabeça de várias partes. Promova uma festa própria com essa proposta ou ocupe uma barraca na quermesse da cidade, o tamanho e formato pode variar muito. O importante é alertar as pessoas sobre a problemática dos transgênicos.
Não podendo fazer ela completa, faça o melhor que puder, do tamanho que der, com as peças que conseguir reunir: Cadastre sua festa junina aqui: https://goo.gl/forms/AlLTbo3NmSJXU6sG2
(cards por Rafael Bonilha, Gabbi Bonilha, Caio Bonamigo Dorigon, Glenn Makuta) #FJLT#SemTransgênicos#SemOGM#SementesCrioulas
1. Para trazer a atenção do público, aproveitamos o apelo visual dos milhos crioulos para criar um cenário que suscite a curiosidade sobre a diversidade de milhos. Ele deve estar presente também nas falas ou rodas de conversa. Porém, no receituário da festa a situação é mais delicada. Muitos locais, principalmente nos grandes centros urbanos, o acesso ao milho de verdade é muito restrito, sendo para o grande público inacessível. Por isso entendemos que nessas condições utilizar o milho acaba sendo contraprodutivo já que estimulará a demanda por milhos transgênicos após a realização da festa. A exceção são as comunidades produtoras de milhos crioulos e um ou outro meio urbano em que esse acesso é facilitado.
2. Na ausência do milho, convocamos os criativos cozinheiros da rede para que reinventem o receituário junino a partir de outros ingredientes menos ameaçados pela engenharia genética. Pinhão, amendoim e macaxeira são alguns dos ingredientes também consagrados na festa, mas muitas PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) também se mostram com grande versatilidade para o preparo das delícias juninas.
3. O altar do milho deve ser montado em algum ponto estratégico da festa. É a oportunidade de resgatar a dimensão sagrada do alimento. Convoque diversas lideranças indígenas, de comunidades tradicionais e religiosas para realizar a bênção do milho.
4. Após a bênção do milho, dá-se início à troca de sementes crioulas, prática ancestral que promove o fortalecimento de laços sociais e o intercâmbio de sementes. É interessante criar um registro para quem e para onde as sementes estão indo. A semente crioula é uma semente local e com história. O cuidado com esse registro permite que isso continue vivo.
5. Obviamente que como qualquer outra festa junina, a FJLT deve ser divertida e com tudo que caracteriza a festa de São João!
6. Por fim, mas não menos importante, alerte o público sobre a necessidade de rotulagem. Atualmente o projeto de lei PLC34/2015 tramita no Senado Federal e visa eliminar a rotulagem de alimentos contendo qualquer quantidade de ingrediente transgênico, conforme obriga a legislação vigente. Esta é uma grave violação do direito do consumidor. Nossos parceiros do Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor criaram uma plataforma para pressionar os senadoras para que não aprovem esse PL. Contribua aderindo à essa plataforma e exija a continuidade da rotulagem de transgênicos (http://bit.ly/JIpPRN).