No dia 19 de março ocorreram visitas a três propriedades rurais produtoras de cambuci, que englobam a região de Parelheiros (zona rural da capital paulista) e Embu-Guaçu, município vizinho a São Paulo.
Foto: Cambuci, fruto da Mata Atlântica ainda desconhecido por muitos (Dinho Souto / Ascom Sead)
As visitas ocorreram para integrarem a Fortaleza do Cambuci, no âmbito do projeto Alimentos bons, limpos e justos: ampliação e qualificação da participação da agricultura familiar brasileira no movimento Slow Food, financiado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (SEAD) com gestão compartilhada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Slow Food além destas instituições ainda estiveram presentes representantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Instituto Auá e da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (CODEAGRO) de São Paulo.
Na primeira propriedade, Zé Mineiro recebeu o grupo mostrando os cambucizeiros que tem plantado. Ele é produtor de cana-de-açúcar e cachaça orgânicas. Conheceu o cambuci há pouco tempo e após saber de seu potencial produtivo decidiu cultivá-lo. Está atualmente desenvolvendo a cachaça curtida com cambuci e quando seus cambucizeiros estiverem produzindo bem, pretende desenvolver a cachaça de cambuci.


Na segunda, Ana do Mel conta seu histórico, que se mescla com o da própria região de Parelheiros, região que atualmente chama a atenção pela produção agroecológica no sul da capital paulista. Seus cultivos são feitos em agroflorestas integradas à paisagem e relevantes para a regeneração dos recursos hídricos. Sua propriedade se destaca pela criação de diversas espécies de abelhas nativas sem ferrão, dentre as quais jataí, mandaçaia, mandaguari, boca-de-sapo, mirim e mirim-preguiça.


Na terceira, Valéria Macoratti, presidenta da Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa da Região Sul de São Paulo (COOPERAPAS), destaca a importância do empoderamento dos agricultores e a força política conseguida pela organização em grupo, lutando por condições melhores e espaços de comercialização.
