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Rede Jovem do Slow Food Brasil marca presença na primeira edição do “Terra Madre Jovem – We Feed the Planet”

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O Slow Food Brasil participou da primeira edição do Terra Madre Jovem, que ocorreu de três a seis de outubro, em Milão, na Itália, e reuniu cerca de 2500 jovens produtores, cozinheiros e ativistas de 120 países. O evento teve como tema “We Feed the Planet” (Nós Alimentamos o Planeta), em resposta à realização da EXPO, exposição universal que teve como tema “nutrir o planeta” e como principais patrocinadores multinacionais do ramo alimentício.

 

“Percebemos que o evento queria discutir como alimentar o planeta sem dar voz a quem realmente o faz, o pequeno produtor”, explicou na abertura, o presidente do Slow Food Youth Network (Rede Jovem Slow Food), Joris Lohman.

Graças ao apoio da rede brasileira, à campanha de crowdfunding realizada e à parceria do Slow Food Brasil com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a delegação do nosso país foi uma das maiores do evento. Ela foi composta por cerca de 50 jovens, entre eles representantes indígenas (Satere-Mawé, Xingu e Tupiniquim), quilombola, assentados, técnicos em agroecologia, produtores de alimentos tradicionais, chefs, ativistas, estudantes, líderes de sindicatos, além da secretária da juventude do MDA e do coordenador Técnico do Brasil para a REAF.

Durante três dias, os jovens brasileiros puderam compartilhar experiências com jovens de diversos outros países acerca de temas como inovação (como produziremos nosso alimento no futuro?), poder (como podemos redistribuir o poder e ações dentro das cadeias produtivas do sistema alimentar?), patrimônio (como podemos preservar a nossa identidade cultural e histórica?) e comunicação (quais são as melhores estratégias de comunicação para gerar uma mudança?). Palestras e mesas de debates mesclaram nomes conhecidos com Alice Waters, Carlo Petrini e Serge Latouche, com os depoimentos de jovens que saíram do campo para estudar e retornaram às suas comunidades para ajudá-las a crescer.

Além disso, a delegação do Brasil teve dois momentos especiais: uma reunião de troca de experiências de todas a América Latina e um encontro só com os jovens do país, onde puderam dividir suas impressões e planejar novas ações no retorno a casa, integrando a rede nacional.

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(Reunião da delegação brasileira realizada no evento)

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(Conferência da America Latina)

 

O último dia do Terra Madre Jovem ocorreu dentro da EXPO e contou com uma marcha dos jovens para mostrar ao mundo quem realmente alimenta o planeta. 

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(Protesto na Expo)

O encontro, destacou o fundador do Slow Food, Carlo Petrini, serviu para derrubar o preconceito da pobreza do campo. “Qualquer um que ainda imagine o estereótipo do fazendeiro velho e miserável está errado”, ressaltou Petrini em seu discurso de encerramento. “Vocês são o futuro da terra. A maior alegria de uma pessoa é ver a continuação de algo que construiu. E mesmo que eu não conheça todos vocês pessoalmente, eu sei que vocês continuarão nesse caminho e, lembrem-se: vocês farão melhor do que os fundadores.”

Por fim, a partir das experiências e discussões ocorridas no evento, foi escrito um manifesto pela Rede Jovem do Slow Food (SFYN): https://feedingtheplanet.atavist.com/foodcrisis,

Delegação TMJ

(Parte da delegação brasileira após a reunião do Brasil)

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