Em pouco mais de 20 anos o símbolo do caracol se espalhou por 153 países, significando, mais do que uma antítese à velocidade da globalização, uma adaptação para a alimentação do conhecido slogan “Pense globalmente e atue localmente”.
A ideia de repensar o que cada país tem de único, junto com a percepção de que comer também é um ato agrícola, deu origem ao que hoje se chama de ecogastronomia.
Trata-se da tomada de consciência de que o alimento, do modo de produção ao consumo, incluindo o desperdício e o dejeto, é um elemento da sensibilidade ambiental, sustenta o jornalista italiano Carlo Petrini, 61 anos, fundador e presidente do movimento.
Graças ao seu empenho, o Slow Food nasceu em Bra, no Piemonte, terra de tradições culinárias que influenciaram o mundo, também ameaçadas pela globalização. Mais de 150 mil pessoas em cinco continentes trabalham para a educação do gosto e a preservação da biodiversidade alimentar, organizando eventos e publicando livros e revistas.
Em abril, Brasília sediou a segunda edição do Terra Madre Brasil – Encontro Nacional de Ecogastronomia, uma das manifestações do movimento, que reuniu produtores, chefs de cozinha e pesquisadores brasileiros. Carlo Petrini esteve lá, experimentou culinárias regionais, viu de perto como resistem as Fortalezas – os núcleos Slow Food de defesa de produtos ameaçados – e conversou com a Revista Brasil Sustentável.
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