Contando os dias para o Terra Madre Brasil me encontrei com um poema, que por sua vez, havia flertado com imagens. Retratos do trabalho… árduo, pesado… mas sagrado… e cada vez menos valorizado!
"Amendoado
o tempo
sulca o seixo
do rosto
Grão
a
Grão
O tempo paira,
é pluma
espalha o sólido do dia.
De líquido
se esgota
O sol sugere um sumo de vida
Trincando o homem
A vida
É rocha, pedra, alegria
Azul
em certa hora do dia
marrom
ainda que esguia
Desponta na greta da mão
A vida
No eito do tempo é grave
é dorida.
Moleque
a vida transpira um sonho
liquefeita
traduzida."
Poema: Rafael Archanjo, professor de literatura, poeta, cantor.
Fotos: Evi Bergamini