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Os Convivia São Paulo, Rio de Janeiro e Piracicaba participam da Bio Brazil Fair

No inicio do mês de maio de 2008, entre os dias 01 a 04, aconteceu a Bio Brazil Fair, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Trata-se de uma feira de produtos orgânicos e naturais, onde os consumidores podem comprar produtos diretamente dos produtores, com uma estimativa de 19.000 visitantes. E nós estivemos lá.

biobrazil.jpgO Slow Food foi convidado a ter um estande na feira, onde puderam participar os  Convivia de São Paulo, do Rio de janeiro e de Piracicaba. Foi uma ótima oportunidade para apresentar o Slow Food no Brasil e reforçar sua filosofia através de apresentações de filmes e slides relacionados ao Movimento, às Fortalezas e às comunidades do alimento

Uma das coisas que despertou o interesse dos visitantes foi a venda e/ou exposição de produtos de três Fortalezas.  

Tivemos o privilégio de poder contar com a Fortaleza do Palmito Juçara, de Bertioga, representada pelo cacique da aldeia Guarani Ribeirão Silveira, Adolfo Mirim e pelo coordenador do projeto, Maurício Fonseca, além do Jurandir Siridwê, da Aldeia Guarani Tenondé Porã, de Parelheiros. Eles puderam comercializar o palmito in natura, mudinhas de juçara, Cd dos cantos Guarani, cestas de taquara, o bambu nacional, e artesanatos típicos como bichinhos esculpidos em madeira, brincos e colares feitos pela comunidade. Esses itens tiveram ótima aceitação entre os visitantes, gerando recursos para as aldeias.

A Fortaleza do Umbu nos enviou geléias, compotas e doce de corte. Durante os momentos de degustação que organizamos, a Fortaleza teve oportunidade de vender os seus produtos e fazer vários contatos com lojas e donos de restaurantes. 

Já a Fortaleza do Baru nos mandou a castanha torrada e crocante, que teve ótima aceitação dos visitantes durante as degustações que promovemos e também teve bom retorno em vendas.  

Ainda que pequena a participação das Fortalezas, sentimos que foi fundamental  para desfazer alguns mitos sobre o Movimento, já que muitos visitantes confessaram pensar que Slow Food fosse apenas sinônimo de comer devagar. Agora, muita gente já sabe um pouco mais sobre os seus projetos no Brasil. Como material de apoio, distribuímos os informativos das Fortalezas e do Slow Food. Vale lembrar que todo o dinheiro obtido com as vendas na feira foi revertido integralmente para as Fortalezas e produtores. Durante todos os eventos que promovemos, temos feito inscrições, repassadas depois para a sede, na Itália, já que muita gente diz ter dificuldade para fazê-la através do site internacional, sem falar no fato de que muitos interessados não dispõem de cartão de crédito internacional. Durante a feira, inscrevemos onze novos associados e os Convivia puderam ainda obter recursos com a venda de produtos com o símbolo do caracol, como os aventais do Rio de Janeiro ou as louças de Piracicaba.  

Outra de nossas alegrias durante a feira foi a participação voluntária de alguns associados, de modo que foi um bom momento também de aproximação e valorização do trabalho coletivo em prol da causa Slow Food.  

 


Cenia Salles e Neide Rigo

Líder e vice-lider do Convivium São Paulo

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