Pimenta-de-macaco

Arca do Gosto // Ervas aromáticas, especiarias e condimentos

A pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica), também conhecida pelos nome populares pindaíba, pachinhos, esfola-bainha, envieira, jejerecu, pimenta-de-árvores, pimenta-do-sertão, ou ainda,  pimenta-de-negro, pertence à família botânica das Anonáceas, com distribuição ampla mas de baixa frequência. Possui crescimento lento, podendo atingir cerca de 4m a 6m de altura. Suas flores são brancas e se abrem, principalmente, entre setembro e novembro, com maturação dos frutos entre abril e julho. Porém, de acordo com as condições ambientais, os períodos de floração e frutificação podem ser outros; no Recôncavo Baiano, por exemplo, as flores se abrem entre janeiro e março, com frutos maturando entre setembro e dezembro.
Seus frutos são carnosos, verde por fora e avermelhados por dentro; se abrem quando maduros, expondo as semente, preta.
Produção em média é de 20kg por árvore, sendo bastante procurada pela avifauna.
É uma árvore pioneira, sendo utilizada para reflorestamento e preservação do Cerrado que, segundo dados oficiais, já perdeu mais de 50% de sua cobertura vegetal.

Fruto de pimenta-de-macaco. Imagem: Rolando Pérez

As sementes da pimenta-de-macaco apresentam sabor semelhante ao da pimenta-do-reino, e é utilizada pelos povos tradicionais e indígenas. O uso se dá macerando a semente madura e a misturando como condimento, ao alimento desejado. A espécie caiu em desuso na gastronomia pois sua árvore passou a ter maior valor pela madeira na fabricação de ferramentas e/ou para outros usos.
Pode ser usado em substituição à pimenta-do-reino, para aromatizar carnes, peixes, legumes e outros pratos. Com viabilidade de cerca de 2 meses após separada do fruto, pode ser conservado em aguardente ou vinagre.
Das folhas e frutos se extrai um aromático óleo essencial de uso medicinal, rico em mirceno, um composto com ação antiinflamatória e analgésica, muito últil no alívio de dores.

Indicação por Lucas Pêgo Oliveira Pereira, Tanea Romão, Pedro Coni e Ana Paula Jacques.
Revisão por Jean Marconi de Oliveira Carvalho e Ligia Meneguello

Referências
Lorenzi, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol1.
Publicação nº 43 – Biodiversidade – Ministério do Meio Ambiente: Espécies do Cerrado
Blog: Viver o Cerrado
Site: Laboratório de Manejo Florestal
Site: Come-se

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