A ostra roladeira é um molusco bivalve da família Ostreidae e sem espécie identificada, de grandes dimensões, que aparece em determinados períodos do ano nas margens da costa da região conhecida como Saco do Mamanguá. De acordo com moradores locais, a ostra recebe esse nome por aparecer próximas à costa “rolando” pela ação das águas.
Depoimentos contam também que é preciso utilizar uma pá para escavar parte da areia e retirar a ostra soterrada. O molusco, ao que parece, adquire proporções gigantescas, se não for retirado enquanto muito jovem. Considerado o único fiorde (vale rochoso inundado pelo mar) tropical brasileiro, o Saco do Mamanguá é uma grande reserva de deposição da fauna marinha, onde várias espécies se concentram para procriar, em uma longa reentrância que avança 8 km ao interno da costa, cercado montanhas cobertas de Mata Atlântica.
Comunidades tradicionais, que vivem da pesca, do turismo e do artesanato dividem a região com pousadas e algumas casas de alto luxo, inclusive de construção ilegal. O produto único está desaparecendo na região devido à coleta intensiva e prematura, fora dos períodos aconselhados. A ostra roladeira faz parte da memória dos habitantes mais velhos da região que contam com pesar a situação atual deste produto.
A ostra roladeira pode ser consumida crua ou cozida, como nos pratos e preparações tradicionalmente destinados às ostras comuns. Devido a sua grande dimensão, oferece possibilidades gastronômicas interessantes, sabores e textura únicos.
Indicação por Norberto Moraes de Azevedo Neto
Revisão e Pesquisa por Marcelo de Podestà e Ligia Meneguello
Registro de relato: video A ostra gigante do Mamanguá
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