Similar ao fruto asiático lichia, o bacupari-do-cerrado pode crescer em arbusto que varia entre 1,50 e 3 metros de altura e casca áspera e cinzenta. É uma planta de baixa ocorrência e pertencente à família botânica das Celastráceas. É geralmente encontrada nas vegetações cerrado e cerradão e ocasionalmente em áreas de floresta, em regiões específicas de Mata Atlântica, como em algumas localidades do oeste baiano. A planta gera flores pequenas e amareladas, que abrem-se entre julho e setembro . O fruto é caracterizado por uma polpa de aparência gelatinosa que reveste uma semente de tamanho pequeno, que pode atingir até 3 cm de comprimento. O período chuvoso no bioma, de novembro a maio, é a época de colheita do bacupari-do-cerrado, que complementa a renda de agricultores familiares dedicados ao extrativismo.
Geralmente a fruta é consumida in natura e apresenta polpa adocicada e saborosa. Além do consumo humano, o bacupari-do-cerrado cumpre um importante papel para alimentação de mamíferos em extinção, como o lobo-guará, o cachorro-do-mato e a raposa-do-campo. Quando maduro, o fruto apresenta cor alaranjada com ranhuras que caracterizam um aspecto rústico, que também apresenta um potencial ornamental.
As comunidades tradicionais do Cerrado fazem uso do bacupari-do-cerrado além da alimentação. As propriedades antimicrobianas, antifúngicas e antitumorais do fruto são potencializadas pela medicina popular.
Usos gastronômicos
In natura, sucos, sorvetes e doces.
Referências:
Livro Frutos e Sementes do Cerrado Atrativos para Fauna. Autor: Marcelo Kuhlmann. Enciclopédia Agrícola Brasileira, volume 1.
Artigo: Entomofauna associada aos frutos de bacupari, Salacia crassifolia (Mart) Peyr, nos Cerrados do Brasil Central: https://goo.gl/uQhgdp